Ele começou a fazer sorvete na cozinha de casa, conquistou o mundo e criou negócio bilionário - Faculdade CDL

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Ele começou a fazer sorvete na cozinha de casa, conquistou o mundo e criou negócio bilionário

4 de julho de 2018

Em seis anos, Justin Woolverton transformou uma receita criada por ele na Halo Top, marca que bate de frente com gigantes como Häagen-Dazs e Ben & Jerry’s

Há seis anos, o americano Justin Woolverton era apenas um advogado apaixonado por sorvete, mas que não podia consumir a iguaria quando quisesse – ele tinha níveis de glicose muito altos no sangue. Insatisfeito, tentou criar um sorvete que fizesse menos mal à sua saúde.

Justin Woolverton, fundador da Halo Top (Foto: Divulgação)

As experimentações na cozinha se transformaram em um negócio de muito sucesso: a Halo Top, uma empresa que é alvo de gigantes do mercado da alimentação, como a Unilever. O negócio de Woolverton já recebeu propostas de venda que superaram US$ 2 bilhões (R$ 7,8 bilhões).

Como não podia tomar sorvete toda hora, Woolverton tinha o hábito de comer iogurte grego com frutas e stévia, um tipo de adoçante. Um dia, comprou uma pequena máquina de sorvete, produto relativamente comum de se encontrar em lares americanos. “Pensei: e se eu colocar o iogurte na máquina? Fiz isso e ficou delicioso. Ali, percebi que outras pessoas poderiam gostar da novidade”, disse à BBC. Nascia ali a Halo Top.

Por um ano, Woolverton mexeu nas medidas de cada ingrediente até chegar a uma composição com sabor semelhante à de sorvetes tradicionais, mas menos calórica. Atualmente, os produtos da Halo Top levam leite, mas menos que a concorrência, e adoçantes.

Na hora de levar a Halo Top para os supermercados, no entanto, enfrentou a resistência dos varejistas, que achavam que os sorvetes de Woolverton iam ficar “encalhados” nas prateleiras. “Tinha de insistir com os donos dos supermercados, pedindo uma chance para expor os sorvetes ao menos por alguns dias”, diz. Deu certo. A Halo Top se tornou, pouco a pouco, uma marca mais procurada pelos consumidores.

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Outra estratégia de Woolverton era oferecer amostras grátis a pessoas com muitos seguidores no Facebook, Instagram e YouTube, a fim de conquistar esses influenciadores digitais. “Nossa meta era fazer com que eles falassem bem da Halo Top para os seus seguidores, que por sua vez comprariam o sorvete”, afirma o empresário.

Além disso, a Halo Top sempre teve uma presença forte nas redes sociais. Hoje, a empresa tem cerca de 1,5 milhão de seguidores na internet.

Woolverton quer que a Halo Top seja uma marca global de sorvetes em cinco anos (Foto: Divulgação)

Desde 2017, a empresa afirma que é a marca de sorvetes que mais vende nos supermercados americanos, superando concorrentes como a Häagen-Dazs e a Ben & Jerry’s.

O sucesso da marca fez com que Woolverton recebesse propostas para vender sua empresa. Uma delas, da Unilever, foi de US$ 2 bilhões (R$ 7,8 bilhões). A proposta foi recusada.

Hoje, a Halo Top tem operações em países como Austrália, Cingapura e Reino Unido. E a expansão não deve parar por aí. “Em cinco anos, vamos virar uma das marcas de sorvete mais famosas do mundo. Seremos tão conhecidos como a Ben & Jerry’s”, diz Woolverton.

FONTE: Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios