Profª. Me. Céu Studart , Publicitária, Consultora de Marketing e Branding |
A frase de Maquiavel, “os fins justificam os meios”, nunca fez tanto sentido quando olhamos para as empresas enlouquecidas pela produtividade desenfreada, irracional e a qualquer custo. O lema é vamos produzir e produzir e produzir. E assim os afastamentos de colaboradores por Burnout só aumentam nas organizações.
Tudo é justificável se o objetivo for a produtividade. Todavia, raros são os momentos em que se reflete sobre se o que está sendo produzido, realmente, agrega valor para o negócio. Se faz sentido. O que precisamos é entender se o que estamos produzindo vai trazer algum resultado positivo. Esse pensamento é fundamentado no “Essencialismo”, uma forma de fazer o que é vital e eliminar tudo aquilo que não importa e que nos afasta do nosso foco.
Precisamos desenvolver um olhar crítico em relação às inúmeras demandas do nosso dia a dia que, inclusive, indisponibilizam-nos para a criatividade e a inovação. Estas sim são capazes impulsionar a criação de valor para os negócios.
Mas como ser criativo e inovador, se você só está “apagando incêndios” todo tempo? Ou se você liga o “piloto automático” e sai fazendo tudo o que lhe pedem, dizendo sim para tudo? Ou até vendo o que a concorrência está fazendo e, para não “ficar pra trás”, sai copiando, sem fazer o menor sentido para o seu negócio?
O objetivo é fazer e sair dando “check” nos itens da pauta. Ao final do dia, da semana ou do mês, a sensação é de que você andou em círculos. “Fiz tudo, mas os resultados não chegaram, como pode?”. Agora eu digo: claro, que pode!
Pode, pois o que foi feito não foi alinhado à estratégia nem realizado de forma integrada. Ah, e um parênteses, não estou dizendo aqui que os resultados devem ser imediatos, porque a grande maioria deles não é.
Em outras palavras, o que estou dizendo é: “escolha as suas batalhas”. Seja crítico, autorresponsável e estratégico em relação as suas demandas.
O que quero aqui com esse texto é convidá-lo a essa reflexão. Quero levantar essa bandeira, porque me dói ver colaboradores e lideranças enlouquecidos com tanta coisa para fazer que muitas vezes é tanto esforço para pouco ou nenhum resultado. E eles seguem, muitas vezes já cansados e adoecidos, com suas pautas infindáveis. Tudo em prol do: vai lá e faça!