Raquel de Queiroz, escritora, tradutora, dramaturga e jornalista é a representante que escolhemos para homenagear todas as mulheres neste Dia Internacional da Mulher, enaltecendo a mulher forte cearense, por conta da sua própria fortaleza e de suas personagens femininas, todas guerreiras.
Sua notoriedade vai além das honrarias que recebeu, mas, dentre os inúmeros títulos abaixo, ressaltamos o grande feito de ser a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, em 1977.
Foto: Estátua de Rachel de Queiroz na Praça General Tibúrcio (Praça dos Leões), em Fortaleza
Fonte: Acervo particular de Ana Luiza Chaves
Sua obra modernista e realista é riquíssima. Em O Quinze, obra que a tornou nacionalmente conhecida, mostra a miséria e a luta do povo nordestino contra a seca. Em Dôra, Doralina, Rachel retrata o amor como liberdade, em quadro histórico da formação brasileira. Em as Três Marias, Rachel revela a sociedade patriarcal nordestina da primeira metade do século XX. Em Memorial de Maria Moura, no Brasil rural do século XIX, as condições são cruéis para a protagonista, que luta contra a cobiça de suas terras. Nos enredos, todas as personagens de Rachel são contrárias às imposições que se apresentavam à mulher, às amarras sociais, aos ditames da época e dos locais, elas têm traços peculiares de subversão à cultura patriarcal com escolhas decisivas, mostrando o lado forte da mulher, perseverante e resiliente.
Sabiamente, Rachel de Queiroz imortalizou a dura frase, que por trás revela, nada mais, nada menos do que os percalços pelos quais passamos na vida, em dimensão muito maior, quando enfrentados por mulheres, mas ela afirma, sem eles, não seria vida.
Vida? “A vida é uma tarefa que não pode ser dividida com ninguém.” (Rachel de Queiroz)
Prêmios recebidos
Por Ana Luiza Chaves, Bibliotecária da Faculdade CDL